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10 de setembro: Valorização da vida

A valorização da vida começa em nossa infância. Se inicia no ‘entre’, explico, no entre a emoção que a criança expressa e como ela ressoa em mim. A depender de como aquilo ressoa em mim, na minha relação com as emoções e/ou sentimentos que despertam em mim, é que vou cuidar para que o meu filho cresça reconhecendo suas emoções, acreditando em si mesmo e estabelecendo uma relação saudável com sua psique. 

Ao permitir que nossos filhos expressem o que sentem, estou disponível para lidar com as emoções que aquele sentir acorda em nós. Não há como trabalhar autonomia, pensamento crítico e saúde emocional de nossas crianças, sem nos responsabilizarmos pelo que nós, pais e mães, sentimos. Mas, o que fazemos com isso? O que fazemos com aquilo que sinto e não reconheço em mim? Posso aprender a me observar, olhar para o meu corpo e perguntar: o que este sintoma está me dizendo? É como se ele pudesse me dizer o que? É possível encontrar uma forma de expressão saudável:  pela escrita livre, desenho, entre outras…Cada um de nós possui uma linguagem, uma maneira de expressar aquilo que sinto e, por vezes, nos perturba. É necessário uma investigação honesta consigo mesmo. Ser honesto consigo e respeitar o seu tempo, é o que não pode faltar nesta jornada. 

Não é um processo fácil acolher nossas emoções, reconhecer nossos sintomas e nossas feridas emocionais. Para a psicologia analítica, os sintomas são expressões de um desejo de cura. James Hollis diz: “em vez de reprimi-los, ou eliminá-los, precisamos compreender a ferida que eles representam.” 

Ensinamos a nossos filhos que está tudo bem sentir e expressar o que se sente. Eles anseiam em saber o que é aquele sentir que insiste em aparecer e, nós, adultos responsáveis, conseguiremos “ensinar” a eles, quando nós soubermos identificar aquela emoção e/ou sentimento em nós mesmos e, aos poucos, respeitando nosso tempo interno, aprender a se relacionar de uma forma saudável com toda essa vida interna.

Está tudo bem sentir!

Está tudo bem reconhecer nossos espaços internos e se relacionar com eles. Não há fraqueza em sentir, pelo contrário, é ali que nossa força se esconde, é em reconhecer e nos relacionar consigo mesmo.

Texto por: Ana Claudia Hawthorne
Psicóloga clínica – Crp 08/14920 @lotuspsicologiajunguiana

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